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O que pode ser pior do que não conseguir expressar sua dor,sua angústia e ter de conviver com ela,como se fosse algo banal,como se toda a dor fosse indiferente,ou inexistente.Como se amanhã fosse realmente melhorar?Nada pode piorar quando tudo já é o fim de seus planos,de seus sonhos.É o princípio e o fim juntos de novo.Vai ter algumas pessoas que vão ler e dizer que só consigo expor meus sentimentos de revolta,de tragédias,mas o que eu posso fazer se tudo que me cerca é triste,é monótono,é medonho?Ter que aceitar que mais cedo ou mais tarde novas surpresas negativas vão aparecer,e que quando acho que tudo se estabilizou o meu morrinho se disfaz.Eu não peço nada de Deus ás vezes,a não ser poder ter a certeza que estarei de volta em casa.Hoje,domingo dia 23 de maio,o dia chove as minhas lágrimas permanentes.Minha mãe se aproveitou que viajei ontem e deu a estranhos o meu coração,ela simplismente odiava a minha cachorrinha,um ser que nunca a fez mal,só queria te oferecer seu carinho,brincar comigo.É coisa de criança sentir falta de seu maior companheiro?Por mais que ele seja um simples animal?Mas era a única pessoa que estava ali pra eu abraçar quando chegava cansada,amedrontada e sozinha.Agora minha casa ficou ainda mais vazia e sombria,não somente por ela ter ido embora,mas por saber que a partir de hoje as coisas serão difíceis e eu não terei ela pra me consolar,me confortar de maneira serena.Afinal de que vale a esperança se não tem por onde começar?Se nem o caminho está feito?Uma perda após a outtra,é tão triste viver sozinha num mundo como esses.Nem as paredes podem corresponder as minhas perguntas,acho que meu fim vai ser cruel.Eu e a solidão abraçadas pra sempre.Com uma grande estaca amparando o sangramento que não para nunca,que não sessa nunca.Que me faz sentir ódio pelos outros,eu me odeio por não sentir mais o sabor de viver.

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HORAS

William Shakespeare

SONETO LXV
Se a morte predomina na bravura
Do bronze, pedra, terra e imenso mar,
Pode sobreviver a formosura,
Tendo da flor a força a devastar?
Como pode o aroma do verão
Deter o forte assédio destes dias,
Se portas de aço e duras rochas não
Podem vencer do Tempo a tirania?
Onde ocultar - meditação atroz -
O ouro que o Tempo quer em sua arca?
Que mão pode deter seu pé veloz,
Ou que beleza o Tempo não demarca?
Nenhuma! A menos que este meu amor
Em negra tinta guarde o seu fulgor.

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